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MODALIDADES DE DISPUTA NO KARATÊ TRADICIONAL

Competição de Karatê-Dô Tradicional é composta por onze modalidades de disputa e visa aperfeiçoar o praticante sob a pressão psicológica de uma situação real ou de uma testagem.


  • Kata masculino e feminino individual e por equipe, nas quais os atletas são avaliados por um sistema de notas variando de 0 a 10.
  • Shiai Kumite masculino e feminino individual e por equipe, cujo o objetivo é vencer o adversário através da marcação de pontos mediante a aplicação de estratégias e técnicas eficazes.

  • Fuku-Go masculino e feminino, que é uma disputada alternada de Kata e Shiai Kumite, que exige ao atleta buscar um equilíbrio entre a otimização da expressão técnica e precisão na luta. Entenda mais sobre o Fuku-Go clicando aqui.
  • Ko-Go Kumite é uma forma de luta controlada e com ataques alternados avaliados por pontos, semelhante ao Shiai Kumite.
  • Enbu é uma seqüência de defesa pessoal executada por duplas masculinas e mistas e avaliada por um sistema de notas semelhante ao do Kata.



Fonte: http://cbkt.org/index.php?option=com_content&view=article&id=64&Itemid=76

O Karatê-Dô Tradicional no Brasil

A chegada oficial do karatê no Brasil ocorreu na década de cinqüenta, teve boa acceitação e conquistou espaço rapidamente espalhando-se por todo país. Com um número expressivo de praticantes de O Karatê-Dô Tradicional, o Brasil possui nos dias de hoje 22 federações estaduais à Confederação Brasileira – CBKT, que tem sua sede na cidade de Curitiba-PR.


O Brasil foi um dos primeiros países a compor o quadro de filiados da ITKF, em resposta ao convite feito ao Sensei Tanaka pelo Sensei Nishiyama. O país possui um histórico de participações efetivas em todos os eventos da ITKF, com grande número de atletas, árbitros e dirigentes. Temos aqui também a atuação de detacados professores como Yasutaka Tanaka e Hiroyasu Inoki (Rio de Janeiro), Yochizo Machida (Pará), Yasuiuki Sasaki (São Paulo), Tazuke Watanabe (Espírito Santo) e Takuo Arai (Paraná), entre outros.


Fonte: http://cbkt.org/index.php?option=com_content&view=article&id=61&Itemid=70

KOKYU - O que é?



Kokyu (呼吸, respiração), ou Kokyu undo (呼吸 運動, Kokyū undō), é a prática controlada de respiração abdominal, feita mediante a inspiração nasal e expiração bucal.


Natural e inconscientemente, o ser humano executa os movimentos que provocam a inalação e expiração do ar. Todavia, quando se está a executar quaisquer exercícios, inclusive os eminentemente mentais, o reflexo respiratório altera-se, posto que inconsciente disso a pessoa esteja. Quando se trata, pois, de um exercício físico, essa alteração no rítmo é mais fácil de ser percebida. É exatamente com esse ritmo que a técnica do kokyu trabalha.

Deve-se inspirar sempre pelo nariz e expirar pela boca, num rítmo suave e constante, mesmo que esteja a desenvolver uma técnica de força ou velocidade; o ar deve ser direcionado ao hara, absorvido e devolvido.



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Kokyu
 

Artes Marciais e Luiz Tasuke Watanabe, o primeiro ocidental a vencer um mundial.



Em 22/4/1972, em Paris, no ginásio denominado Coubertin em homenagem ao idealizador do movimento olímpico, o brasileiro Luiz Tasuke Watanabe foi o primeiro ocidental a vencer um mundial. O Karate estava em alta, e Sensei Watanabe costumava dizer que duas coisas vendiam fácil, em todo mundo sem precisar de propaganda, uma era o refrigerante mais conhecido, outra o Karate. Contudo, nessa época, o mundo passava por intensas transformações que revolucionaram a maneira de viver, especialmente em nosso país no qual a acultura da superficialidade tomou conta da sociedade. 

MOKUSŌ (黙想), entenda um pouco mais.

MOKUSŌ



Para iniciar, vamos fundamentar o nosso conhecimento ao ver o que significa, de fato, esta palavra:

- MOKU - "Silêncio, ficar em silêncio, parar de falar".
- SŌ - "Pensar, pensamento, conceito, meditar".

De forma bastante simples, pode-se traduzir Mokusō como "meditação silenciosa".

Existe a idéia bastante difundida no meio dos "entendidos da via" que o Mokusō é "Zazen", "Meditação Zen"... um erro. A meditação Zen tem a ver com a religião Budista Zen... Não com Karate.

O que os instrutores deveriam fazer de uma forma geral é mencionar que os "princípios" do Zazen, da "meditação sentada" são válidos para o Mokusō "meditação silenciosa".

Enbu


                     Enbu – Teatro marcial: apresentação de aplicações de técnicas de Karatê em dupla. A decisão é tomada por nota dos árbitros. O Enbu enfatiza a parte do Karatê relacionadas à defesa pessoal. Os dois participantes devem demonstrar habilidades técnicas extremamente eficientes tanto quanto prestar particular atenção a uma realidade de combate hipotética que implica em situação de perigo e mudanças constantes. A ênfase recai na criatividade e na performance das habilidades dos dois competidores envolvidos neste confronto que tem um minuto de duração.

O KITEI KATA E O FUKU-GO


                    O FUKU-GO é uma disputa em que o mesmo atleta disputa em uma rodada kata e na outra kumite.

                    Para competir nesta categoria é necessária grande habilidade, tanto no combate quanto na execução de kata. Além disso, a prova de kata é constituída do Kata Kitei, kata criado pelo Mestre Hidetaka Nishiyama sensei em com os mestres de outros estilos como Kisaki sensei do Goju-ryu e Mabuni sensei do Shito-ryu em meados dos anos 80 para as competições de karatê-Do Tradicional, nessa modalidade, visto que no karatê-Do Tradicional existem competidores de diferentes estilos de karatê, então, nesse kata estão presentes elementos de todos os estilos do Karatê Tradicional, tornando este kata padrão para diversos estilos, e assim tornar equilibrada a disputa da modalidade FUKU-GO. O Kitei tem uma peculiaridade que é a presença da técnica Mawashi Geri, inexistentes em outros kata.

                    A final do Fuku-Go será sempre com kumitê. A ideia é ter uma modalidade onde o vencedor teria um equilíbrio entre kata e kumite.

                     A ideia é ter uma modalidade onde o vencedor deve ter um equilíbrio entre os tres pilares do karatê-Do Tradicional (o Kata, o Kihon que está inserido no kata e o kumite).

FONTE: Blog ASSOKAT e Blog Pinto Karate Dojo.


Entenda um pouco mais sobre a modalidade Fuku-Go.

Fuku-Go



Fuku-Go - Disputa individual que engloba Kata e Kumite, alternando a cada rodada: A ITKF (Federação Internacional de Karatê Tradicional) instituiu o Kitei como Kata Oficial das competições de Fuku Go, para permitir as disputas diretas (lado a lado) de competidores de estilos diferentes. Para participar desta categoria são exigidos habilidades em combate e performace técnica (Kumite e Kata) sobretudo e pela primeira vez na história do Karatê, a competição de Kata deve incluir o Kata Kitei, que contém todos os elementos de estilos do Karatê Tradicional.

Oss!

Objetivos e valores do Karatê Tradicional

O objetivo do Karatê Tradicional é desenvolver mente e corpo em estado de equilíbrio, através da formação em técnicas de combate. O Karatê Tradicional também compartilha com o objetivo último do Budo, que é cultivar o grande caráter humano de classe superior que impede que qualquer ataque violento ocorra antes de uma luta real.

O Budo se origina na prática da luta física; porém, tem um efeito significativo no desenvolvimento espiritual e físico de um ser humano já que a filosofia e ética Budo são requisitos absolutos para o estudo de técnicas e aperfeiçoamento das habilidades. Elementos como etiqueta e maneiras não foram adaptadas a partir de elementos externos, nem são independentes do treinamento físico, mas existiam dentro do sistema desde a origem do Budo, e foram integrados para o aprimoramento técnico.

O Karatê e o Karatê Tradicional


                    O Karatê tem suas raízes na "Tode" - um sistema de autodefesa sem armas desenvolvido em Okinawa, influenciado pelas artes marciais chinesas, que tem mais de dois mil anos de história. No Japão, foi estabelecido como parte do sistema "Budo" (artes marciais japonesas); o "Karatê Tradicional", portanto, é um termo geral para o Karatê que segue os princípios de Budo.

Budo


                    Após a Segunda Guerra Mundial, o valor do Karatê para a defesa pessoal, o condicionamento físico, a competição e o desenvolvimento físico e mental em geral passou a ser cada vez mais reconhecido. No entanto, como arte marcial, exigiu estudos longos, repetidos e cuidadosos. A prática do Karatê logo resultou em um "boom" de popularidade. Os requisitos de longos, repetidos e cuidadosos estudos foram substituídos pelas exigências do mundo de hoje, para resultados e desenvolvimento mais rápidos. Com isso, surgiram muitos esportes novos intitulando-se Karatê. Para evitar confusão com esses novos esportes, o público começou a distinguir o Karatê original como "Karatê Tradicional".

Karatê - Dô Tradicional

                     O órgão internacional que representa o Karatê Tradicional é a Federação Internacional de Karatê Tradicional (ITKF). Ele é composto pela federação nacional de Karatê Tradicional de cada país membro. Cada integrante da federação nacional é um órgão de Karatê Tradicional em seu respectivo país. Em todo o mundo, os membros da ITKF praticam muitos "estilos" diferentes de Karatê (como Shotokan e Goju-ryu, por exemplo). Esses "estilos" são comparáveis a escolas ou academias, e têm seus próprios sistemas de treinamento exclusivos, desenvolvidos por mestres de Karatê durante muitos séculos. No entanto, mesmo sob o mesmo estilo, grupos afiliados à ITKF seguem o Karatê Budo, enquanto outros não pertencentes à prática da ITKF - é o caso do chamado "Karatê esportivo", que é composto apenas por jogos de socos e chutes, sem princípios do Budo.

História e Definição do Karatê Tradicional

                   O Karatê moderno tem suas origens em mosteiros da China e Índia. Ele chegou ao Japão através desses monges e foi moldado à cultura local. Gichin Funakoshi era um dos praticantes do então Okinawa-te (como era chamado o Karatê na época). Funakoshi adicionou a essa prática o código de honra dos samurais (Budô), tornando-a uma arte marcial e mudando o nome para Karatê.





Gichin Funakoshi

Em 1921, Funakoshi aceitou demonstrar a prática em Tóquio, a convite da Família Real Japonesa, na Exibição Atlética Nacional. A partir de então, o Karatê passou a ser difundido no Japão e, após a Segunda Guerra Mundial, para o mundo. Sempre com a finalidade de moldar o caráter de seu praticante e forma de defesa pessoal.







                    Esta arte marcial faz uso de chutes, socos, joelhadas, cotoveladas e golpes com a palma da mão aberta. Mas, mais do que isso, o Karatê é uma forma de caminho marcial (ou Budô) que visa não só o fortalecimento do corpo mas, sobretudo, da mente de seu praticante. O verdadeiro karateca sabe que é uma prática para o resto da vida. Uma das frases de Funakoshi que sintetizava essa ideia era: “Estudar e aperfeiçoar-se, sempre”.

Atletas de Karatê de Barra Mansa/RJ vão para o Japão disputar mundial da JKA.

                    O jornal, A voz da cidade, de Barra Mansa - RJ, publica matéria dos atletas da região que vão disputar o mundial JKA no japão esse ano.


Pela primeira vez, atletas da região irão disputar o mundial de karatê que acontece no dia 10 de outubro deste ano, no Japão. O mestre das duas lutadoras que participarão da competição faz parte da comissão técnica da seleção brasileira e luta há 25 anos. Wallace Rodrigues de Freitas ressaltou que a disputa acontecerá em Tóquio. Ele falou um pouco mais sobre o que é esse mundial e como os alunos estão lutando para conseguir chegar ao outro lado do mundo.
“Foram selecionados cinco atletas da cidade: Amanda Souza, de 20 anos; Bernardo Barreiro, de 14 anos; Pedro Lopes, de 19 anos; Lucas Fernando, de 18 anos; e Alisson Batista, de 39 anos. Chegando à Tóquio, os participantes irão se juntar a outros atletas do Brasil que também foram selecionados. No total serão 60 atletas, nas categorias, infantil e adulto. É a primeira vez que a região é levada para fora do país”, declarou o treinador.
Para o Mundial, outras duas jovens atletas da cidade, Beatriz de 14 anos e Maria Eduarda de 13 anos, conseguiram uma vaga, porém por falta de dinheiro, não irão competir. “Infelizmente estamos sem nenhum tipo de apoio financeiro para essa competição tão importante. Cada aluno terá que juntar seu próprio dinheiro, incluindo os que são menores de idade; sem contar que o responsável terá que ir de acompanhante. O preço da passagem é U$ 3 mil. Estamos pensando em organizar alguns eventos e rifas para tentar ajudar a diminuir o custo dessa viagem”, explicou o professor, que treina as meninas no Ilha Clube, no bairro Ano Bom.

Na primeira semana no Japão, os mestres irão treinar junto com os alunos, para ajudar na preparação. A ideia dos participantes é superar a seleção nipônica, já que eles são os melhores. O mestre acredita que seus alunos têm capacidade e acredita na vitória. “Quem puder ajudar, com qualquer tipo de apoio será bem vindo. Basta me procurar na academia do Ilha Clube ou ligar para o telefone 998541425”, pediu o mestre.


Oss!

O treino de Karatê


O treino de Karatê pode ser dividido em três partes principais: Kihon, Kata e Kumite.

• O Kihon (fundamentos, em japonês) é a prática das técnicas básicas. É nessa hora que o karateca deve fazer correções da sua base, e melhorar sua técnica, força e velocidade.

• Os Katas (forma) são sequências pré-determinadas de movimentos. Cada Kata reúne técnicas básicas e, alguns deles, avançadas de defesas e ataques contra múltiplos adversários imaginários. Sua execução requer, principalmente, vigor nos movimentos, concentração, postura, respiração apropriada e compreensão dos movimentos executados (aplicação da técnica).


• Já o Kumite (encontro de mãos, ou combate) é a luta propriamente dita. Ao contrário do Kihon e do Kata, que são praticados individualmente, no Kumite treina-se com um companheiro. Para que o praticante possa se desenvolver na luta, os companheiros devem criar uma certa dificuldade para o outro no momento do Kumite, observando sempre a graduação (estágio de aprendizado).

Hidetaka Nishiyama


Hidetaka Nishiyama (10 de outubro de 1928 - 7 de Novembro de 2008) era um mestre de Karate Tradicional, 10º Dan e presidente da International Traditional Karate Federation - ITKF.

Em 1943 começou a estudar com Gichin Funakoshi, pai do Karatê moderno e responsável pela escola Shotokan.

Em 1951, obtém o título de mestre em economia na universidade de Takushoku e torna-se um dos fundadores da Japan Karate Association (JKA), tendo sido convidado no ano seguinte a treinar as forças especiais Americanas do Strategic Air Command.

Em 1960 publica o livro Karate: The Art of Empty-Hand Fighting que se encontra presentemente na sua 70ª edição (2000 cópias do edição) sendo considerado um clássico e o livro de Karate mais vendido da história.

Em julho de 1961 muda-se definitivamente para os Estados Unidos da América e funda a All American Karate Federation (AAKF).

Em 3 de novembro de 2000, o imperador do Japão concedeu-lhe a Ordem do Tesouro Sagrado, numa cerimônia do palácio imperial, em Tóquio.


Continuava a ensinar Karate por todo o mundo, tendo o seu próprio dojo em Los Angeles, Califórnia. Era uma das mais respeitadas personalidades do mundo do Karate e continuava ainda hoje a sua luta pelo reconhecimento do Karatê Tradicional enquanto desporto olímpico.

Masatoshi Nakayama


Masatoshi Nakayama (1913–1987), 10º Dan, é um dos mestres mais influentes da história do Karate Shotokan.

Em 1932 inicia o treino de Karate na universidade de Takushoku, de onde viriam a emergir nomes como os de Hidetaka Nishiyama, Hirokazu Kanazawa e Keinosuke Enoeda.

Tendo estudado diretamente sob a tutela de Gichin Funakoshi e do seu filho Gigo, funda em 1949 a Japan Karate Association, dando início à maior operação de expansão do Karate para lá das fronteiras do Japão.

De modo a tornar esta arte marcial mais credível e passível de aceitação no mundo ocidental, Nakayama restaura as bases do treino de Karate tendo por base conceitos científicos das ciências do desporto.

A Japan Karate Association foi até à data da sua morte a mais sólida e produtiva organização internacional dedicada ao Karate Shotokan, tendo este acontecimento dado início a uma série de cisões que originariam a proliferação de diversas novas organizações e consequente enfraquecimento da lenda da JKA.

Primeiras divulgações abertas do Karatê


Em 1902, durante a visita de Shintaro Ogawa, que era então inspetor escolar da prefeitura de Kagoshima, à escola de Funakoshi em Oquinaua, foi feita uma demonstração de te. Funakoshi impressionou bastante devido ao seu status de educador, ficando Ogawa tão entusiasmado que súbito escreveu um relatório ao Ministério da Educação elogiando as virtudes da arte. Foi então que o treinamento de caratê passou a ser oficialmente autorizado nas escolas.

Até então a arte marcial só era praticado atrás de portas fechadas, o que, no entanto não significava que fosse um "segredo", porém havia certos mestres que procuravam manter seu conhecimento velado e dentro principalmente de suas famílias e/ou dentro de um seleto e miúdo grupo.

Ou seja, posto que não fosse um segredo a existência do caratê, mestres existiam que relutavam em ensinar ao público em geral e outros que procuravam impedir que outros mestres o fizessem. Por outro lado, as casas eram tipicamente muito próximas umas das outras, e tudo que era feito numa casa era conhecido pelas casas adjacentes. Enquanto muitos autores pregam o caratê como sendo um segredo àquela época, não era exatamente isso o que se encontrava na prática. O caratê era "oficiosamente" secreto...

Contra os pedidos de muitos dos mestres mais antigo, que não eram a favor da divulgação da arte, Funakoshi, com o apoio de outros renomados mestres, como Kenwa Mabuni, Hironori Otsuka, Takeshi Shimoda, Choki Motobu e outros, levou a disciplina até o sistema público de ensino, mas principalmente com a ajuda de seu mestre Itosu. Logo, as crianças de Oquinaua estavam aprendendo os kata como parte das aulas de educação física. E, nesse meio-tempo, a redescoberta da herança étnica em Oquinaua entrou em voga, e as aulas de caratê passaram ser bastante apreciadas.

Alguns anos depois, o Almirante Rokuro Yashiro assistiu a uma demonstração de kata. Essa demonstração foi feita por Funakoshi junto com uma equipe composta por seus melhores alunos. Enquanto ele narrava, os outros executavam kata, quebravam telhas, e geralmente chegavam ao limite de seus pequenos corpos. Yashiro ficou tão impressionado que ordenou a seus homens que iniciassem o aprendizado na arte.

Funakoshi sempre enfatizava o desenvolvimento do caráter e a disciplina nas suas narrações durante essas demonstrações. Quando participava das exibições, gostava de executar o kata kanku dai, o maior de seu estilo, e talvez o mais representativo.

Em 1912, a Primeira Esquadra Imperial da Marinha ancorou na Baía de Chujo, sob o comando do Almirante Dewa, que selecionou doze homens da sua tripulação para estudarem caratê durante uma semana.


Foram graças a esses dois oficiais da Marinha que o caratê começou a ser comentado em Tóquio. Os japoneses que viam essas demonstrações levavam as estórias consigo quando voltavam ao Japão. Pela primeira vez na sua história, o Japão acharia algo na sua pequena possessão de Oquinaua além de praias bonitas e o ar puro.